Futuro do Pix: veja as novidades preparadas pelo Banco Central

De acordo com o regulador brasileiro, o caráter inovativo de seu sistema de pagamentos instantâneos permite a adição de muitas novas funcionalidades, configurando-se como um meio de pagamento com múltiplos propósitos.
Futuro do Pix: veja as novidades preparadas pelo Banco Central
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Equipe Propague
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Sucesso absoluto desde o seu lançamento em novembro de 2020, o Pix, que é o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), ainda promete muitas novidades. Além de melhorias nas funcionalidades já disponíveis, novos mecanismos e produtos estão na mira do BC quando se fala no futuro do Pix.

Para saber como funciona o Pix acesse aqui.

A autoridade monetária defende essa evolução contínua e permanente a fim de aprimorar o atendimento das necessidades de pagamento dos indivíduos, empresas e de entes do governo, ampliando ainda mais a rede de usuários.

Afinal, o Pix foi desenvolvido com o objetivo de possibilitar qualquer transferência ou pagamento realizado no Brasil, configurando-se como um método de pagamento com potencial de universalidade.

Com o Pix, explica o BC, é possível interceder efetivamente para atingir diversos objetivos públicos, incentivando um ambiente competitivo, efeitos de rede e inclusão bancária, cooperação técnica entre os players do mercado e economias globais.

Porém, alguns desafios ainda persistem no que se refere ao futuro do Pix e o alcance de todo o seu potencial, ou seja, para que ele seja disponibilizado para qualquer necessidade de pagamento.

As funcionalidades que vão marcar o futuro do Pix

No que diz respeito ao futuro do Pix, o regulador lista, já para 2023, o desenvolvimento e a implementação das seguintes funcionalidades:

Pix Automático

Permite fazer pagamentos recorrentes de forma automática, desde que autorizado pelo usuário que paga pelo produto ou serviço, sem a necessidade de validar a operação a cada mês. Elimina-se, assim, a necessidade de agendamento e um eventual esquecimento do vencimento. Além disso, o BC garante que a funcionalidade será bastante flexível, podendo atender todo tipo de negócio e necessidades distintas.

Canal secundário para transações não prioritárias.

Consiste em um canal adicional de transmissão de mensagens, previsto para operar a partir de outubro de 2023. Com ele, a instituição pagadora agenda a transação e retém a ordem de pagamento em seu sistema até a data indicada, evitando o acúmulo de um grande volume de pagamentos em um mesmo horário e a carga excessiva de processamento.

Novos mecanismos de segurança

Melhorias relacionadas com as informações de segurança das chaves Pix são um destaque. Nesse sentido, serão adicionados mais campos, permitindo que as instituições financeiras aprimorem os registros sobre transações envolvendo fraudes. Adicionalmente, as informações disponíveis para consulta de chaves ou de usuários serão reformuladas visando oferecer mais segurança.

Esses anúncios e informações constam do “Relatório de Gestão do Pix – Concepção e primeiros anos de funcionamento 2020-2022”, recentemente divulgado e que dedica um capítulo inteiro ao futuro do Pix.

De acordo com o BC, mais adiante, outras funcionalidades como o Pix por aproximação, o Pix offline e o Pix internacional se juntarão aos mecanismos importantes que já existem e estão em funcionamento, como, por exemplo, o Pix saque e o Pix troco, o Pix parcelado e o mecanismo de devolução.

BC reconhece desafios para evolução da ferramenta

Embora a versatilidade do instrumento já seja reconhecida e seu uso já esteja consolidado em todo o país, a autoridade monetária enxerga desafios e acredita que todo o potencial inovador da ferramenta também depende de uma mudança de hábito de uso de meios de pagamento no Brasil.

Isso envolve tempo para absorção e para compreensão de como utilizar o Pix para além de como ele já é usado e dos benefícios por ele proporcionados, afirma o BC.

Para os recebedores, sobretudo empresas e órgãos governamentais, implementar cobranças em lote de maneira eficiente e adaptar os sistemas para a automação dos processos é um desafio que ainda persiste.

A saber, a infraestrutura do Pix permite facilmente a integração de sistemas externos, porém, isso exige desenvolvimento tecnológico adicional por parte dos fornecedores de sistemas de automação comercial e de gestão empresarial.

Outro desafio, acrescenta, corresponde a pagamentos nos pontos de venda, sejam eles físicos ou eletrônicos. Esses também exigem desenvolvimentos tecnológicos de adaptação, que, por sua vez, demandam tempo.

Além disso, segundo a avaliação do regulador, esse processo de adaptação requer ações de educação financeira, tanto por parte do BC como de outros participantes do sistema financeiro, somado ao desenvolvimento de novas dinâmicas de utilização do Pix e a correção de incentivos não eficientes para o seu uso.

Desse modo, o BC adianta que as ações em curso e aquelas pensadas para o futuro do Pix serão guiadas com o objetivo de permitir que pagadores e recebedores tenham a opção de escolher esse instrumento para todo e qualquer pagamento a ser realizado, independentemente do valor e da natureza da transação.

 

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