À medida que a cultura digital avança, impulsionada cada vez mais pela necessidade de conveniência do consumidor, o comércio eletrônico se torna um dos principais beneficiários. Estudos recentes revelam que indicadores como a quantidade de novos usuários e os valores das transações podem registrar acréscimos de até 50% globalmente nos próximos cinco anos.
De acordo com as pesquisas, fatores como o aumento da renda disponível nos mercados em desenvolvimento e a variedade cada vez maior de opções de pagamento disponíveis para os consumidores surgem como os maiores indutores do comércio eletrônico em nível global.
E os resultados promissores não param por aí. Outro reflexo importante é o aumento dos gastos no comércio eletrônico internacional, com a participação das operações transfronteiriças ultrapassando 30% do volume total das compras online em todo o mundo.
Mais de 1 bilhão de novos usuários serão adicionados ao mercado global até 2027
Segundo o estudo “Mercado de pagamentos e comércio eletrônico: tendências, análises e previsões para o período de 2023 a 2027”, divulgado pela Juniper Research, a quantidade de novos usuários de comércio eletrônico sairá de 3,1 bilhões para 4,4 bilhões globalmente no intervalo de tempo pesquisado – um acréscimo de 42%.
Nesse cenário, a publicação estima que a região da Ásia-Pacífico será responsável por mais de 70% desse público em escala global.
De acordo com o levantamento, Bangladesh, Paquistão e Índia serão os países que mais acrescentarão novos usuários ao comércio eletrônico no período, totalizando mais de 600 milhões de pessoas. Isso se confirma à medida que cresce o acesso à internet nesses países e cadeias de suprimentos para o varejo mais extensas passam a fomentar o crescimento.
Logo, torna-se, uma oportunidade considerável para os fornecedores de serviços de pagamento, tendo em vista que mais de US$ 4,3 bilhões deverão ser gastos online pelos consumidores da região até 2027.
Nesse sentido, a fim de capitalizar essa receita, é importante que os provedores de pagamento ofereçam soluções adequadas às compras online.
O estudo indica também que os varejistas online devem adotar análises de sentimento baseadas em inteligência artificial, identificando as preferências do cliente para fornecer experiências e ofertas personalizadas. Dessa forma, conseguirão estar mais bem posicionados para capitalizar o avanço do comércio eletrônico.
Transações de comércio eletrônico devem chegar a US$ 8 trilhões em cinco anos
Uma outra descoberta do mesmo estudo é que, como resultado desse acréscimo de usuários ao comércio eletrônico, o setor sairá de uma receita global de US$ 5,3 trilhões, em 2022, para US$ 8 trilhões até 2027 em todo o mundo, o que representa um incremento de aproximadamente 50% no período.
Nesse contexto, somado ao aumento da adesão do comércio eletrônico em mercados emergentes, a implementação de novos sistemas de pagamento e em evolução possibilitará um acesso muito maior para mais pessoas.
Para isso, expõe Malone, os varejistas online devem entender melhor sua base de clientes, ofertando as alternativas de pagamento que eles anseiam, enquanto eliminam aquelas que não atendem às suas necessidades.
Em outras palavras, isso implica operar com plataformas de pagamento que não apenas identificam e disponibilizam suporte aos tipos de pagamento mais usados em cada localidade, mas, também, compreender que os métodos variam conforme o segmento e o público-alvo. Consequentemente, isso tende a aprimorar a experiência de pagamento.
33% dos gastos de ecommerce serão internacionais até 2028
Complementarmente, outro estudo da Juniper Research, dessa vez centrado nas tendências e previsões para o comércio eletrônico internacional no período de 2023 a 2028, traz mais indicadores positivos para o futuro do varejo online.
Um deles é que o comércio eletrônico transfronteiriço passará de US$ 3,3 trilhões em 2028, ante apenas US$ 1,6 trilhão em 2023, o que significa um salto de aproximadamente 106%. Esses números estão bem acima da projeção anterior de apenas 48% de crescimento para o valor das transações domésticas.
Caso confirmado, o montante estimado fará com que 33% dos gastos globais de comércio eletrônico em todo o mundo sejam internacionais nos próximos cinco anos.
Assim, como no estudo anteriormente mencionado, fatores como o aumento da renda disponível nos mercados emergentes e o domínio de meios de pagamento diferentes nessas localidades devem fundamentar o crescimento do comércio eletrônico além-fronteiras.
Ademais, com a publicidade cada vez mais voltada para as mídias sociais, a publicação detectou que os maiores fornecedores estão, de fato, vendendo diretamente para os consumidores. Desse modo, a sugestão é que os comerciantes transfronteiriços identifiquem os canais de publicidade digital mais adequados em cada mercado, do contrário, podem perder espaço entre os clientes mais adeptos à tecnologia.
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