Envolvimento digital dos brasileiros coloca o país na liderança mundial

Ao lado de Singapura, que ocupa a segunda posição, o país está bem à frente de grandes economias, como Estados Unidos e Japão, quando o assunto é o engajamento online dos consumidores.
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Equipe Propague
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Ao analisar o envolvimento digital de 67 mil consumidores em 11 países em 2023, o relatório “How The World Goes Digital” (Como o Mundo se Torna Digital na tradução direta), recentemente publicado pela PYMNTS Intelligence, descobriu que o Brasil lidera o ranking global de economias cujos cidadãos mais se engajam digitalmente.

O país aparece no topo da lista com uma média de 361 atividades por mês, o equivalente a 12 operações por dia, representando 30,1% do engajamento máximo possível identificado pelo relatório. 

Depois do Brasil, Singapura ocupa a segunda colocação na ordem de classificação de envolvimento digital no mundo, com uma média de 326 atividades por mês, seguida pelos Estados Unidos (EUA), na terceira posição, com 315 atividades em média mensalmente.

Enquanto isso, o Japão ocupa o último lugar entre as localidades pesquisadas, com uma média de 127 atividades por mês ou 4,2 atividades por dia, o que corresponde a apenas 10,6% do máximo.

Conforme destacado na publicação, surpreende o protagonismo do Brasil e de Singapura no envolvimento digital. Afinal, a disponibilidade de entretenimento e de recursos tecnológicos é maior, por exemplo, na economia estadunidense do que em qualquer outra parte do mundo, abrigando ainda a maioria das empresas digitais mais bem-sucedidas.

Também participaram do levantamento, Alemanha, Austrália, Espanha, França, Holanda, Itália e Reino Unido, com os tamanhos das amostras sendo estatisticamente equivalentes à população de cada nação, considerando sexo, idade, renda e escolaridade.

Para aferir o envolvimento digital dos países pesquisados, o relatório especificou 40 atividades em 11 eixos da vida digital dos cidadãos, como serviços bancários, compras e entretenimento. Nesse contexto, os entrevistados indicaram a frequência de envolvimento nessas atividades: diária, semanal, mensal ou nenhuma.

Cenário brasileiro no envolvimento digital

De acordo com o relatório, o sucesso do Brasil na inovação digital e no consequente engajamento dos consumidores locais é impulsionado pelo uso generalizado do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, juntamente com o avanço de plataformas de pagamento e comércio eletrônico globais, em uso em todo o território nacional. 

Além disso, a publicação concluiu que o envolvimento digital brasileiro abrange diversas atividades. Nesse contexto, os streamings de vídeo lideram a lista, com 69% dos consumidores realizando alguma atividade do gênero ao menos uma vez por semana. Na sequência, vêm o mobile banking, com 63% de participação, e os jogos móveis, marcando 62,5%. 

Outras atividades digitais comuns são os streamings de música (aproximadamente 61% de participação), mensagens (60%) e utilização ativa das mídias sociais (cerca de 59%). 

Paralelamente, uma parcela significativa da população acompanha transmissões ao vivo (52%), confere material de trabalho remotamente depois do horário de expediente (55%) e consome passivamente mídias sociais (54%).

Como resultado, o estudo concluiu ainda que o envolvimento digital dos brasileiros comprova a forte infraestrutura digital presente no país, com dois terços dos cidadãos portando smartphones e 92% acessando pelo menos uma rede 4G.

Diferenças geracionais e de renda

Outra descoberta do relatório são as diferenças notáveis ​​no envolvimento digital entre gerações e níveis de renda dos consumidores. 

Em todo o mundo, os mais jovens, especialmente a Geração Z e os Millennials, estão mais intensamente envolvidos em atividades digitais se comparados com as gerações mais velhas.

Por exemplo, a Geração Z realiza em média 23,5 atividades por mês, enquanto os baby boomers realizam apenas 9,6. 

Da mesma forma, os consumidores com rendimentos mais elevados tendem a ter níveis mais altos de envolvimento digital na esfera global, refletindo um maior acesso a dispositivos e serviços digitais. 

Nesse sentido, aqueles com renda mais elevada exercem, em média, quase 24 atividades bancárias por mês, em comparação com 15 registradas para os consumidores com rendimentos baixos.

Já quando se olha para o Brasil, a dinâmica geracional e de renda ganha ainda mais amplitude em termos de envolvimento digital. A saber, a Geração Z e os Millennials são os grupos mais ativos digitalmente, com 411 e 405 atividades por mês, respectivamente. A geração X segue com 335 operações e os baby boomers com 271. 

Enquanto isso, os brasileiros na faixa de rendimentos elevados lideram com 456 atividades mensais, em comparação com 363 para os de rendimentos médios e 309 para os brasileiros com rendimentos baixos.

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