BaaS já é ofertado por mais de 40% das instituições financeiras globalmente

A solução avança cada vez mais como parte integrante do setor bancário tradicional diante da necessidade de oferecer serviços financeiros aprimorados. Nesse cenário as parcerias com fintechs têm sido um fator-chave.
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Equipe Propague
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Solução que promove a integração de serviços bancários feitos por instituições financeiras e utiliza interfaces de programação de aplicativos (APIs na sigla em inglês), o Banco como Serviço (BaaS, na sigla em inglês) está transformando e redefinindo a maneira como os bancos tradicionais estão lidando com consumidores e empresas que desejam incorporar essas facilidades em suas transações.

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De acordo com um relatório recém-publicado pela plataforma PYMNTS Intelligence, o BaaS está se tornando parte integrante do setor, impulsionado pela necessidade de oferecer soluções financeiras aprimoradas, acelerando a inovação e ampliando a satisfação do consumidor.

Segundo a publicação, 41% das instituições financeiras em todo o mundo já implementaram o BaaS e 48% expandiram seus recursos nessa direção, tratando, assim, de se manterem relevantes ou não correrem o risco de serem superadas por concorrentes mais ágeis, em um mercado cada vez mais dominado por players digitais.

Além disso, o estudo também descobriu que, no cenário global, 79% dos bancos esperam que o setor se torne não só rapidamente, mas profundamente, envolvido com as atividades diárias de consumo e comerciais do seu público.

Como consequência, 20% das instituições pesquisadas adiantaram que já estão migrando para modelos de negócios totalmente concentrados no BaaS, permitindo que elas ofereçam uma variedade de produtos e serviços financeiros incorporados a empresas de diversos segmentos, alcançando um público cada vez maior e diversificado.

Parcerias com fintechs surgem como fator-chave

Nesse cenário, o relatório identificou ainda que as parcerias com as fintechs aparecem como essenciais para as instituições financeiras que desejam acelerar a implementação do BaaS. 

Isto porque, justifica, esse tipo de colaboração possibilita que bancos e demais instituições financeiras tradicionais integrem tecnologias avançadas e ofereçam serviços mais responsivos, atendendo às necessidades em evolução do consumidor, mantendo, por sua vez, uma vantagem competitiva.

Aliás, vale destacar: um dos principais impulsionadores dessa mudança é a demanda da Geração Z. Conforme a publicação, 30% dos consumidores dentro dessa faixa etária afirmam que provavelmente trocariam de instituição financeira se as atuais não inovarem. 

Apesar disso, emenda o estudo, chama a atenção o fato de 41% dos bancos menores ou classificados como comunitários, assim como as cooperativas de crédito, não terem planos de oferecer serviços digitais populares, no âmbito do BaaS, até 2030. Dessa forma, conclui, isso revela uma desconexão crítica e ressalta a urgência dessas organizações adotarem produtos habilitados para APIs.

Entretanto, 80% delas reconhecem o valor das parcerias com fintechs como um elemento essencial para promover a transformação digital. Tanto que quase metade dessas instituições pensa em investir nessas colaborações em um futuro não muito distante, com cerca de 30% esperando estabelecer mais de uma parceria.

Desafios para adoção do BaaS

Apesar da ascensão do BaaS, marcando uma mudança no setor bancário tradicional para uma abordagem digital-first (digital em primeiro lugar na tradução livre), e das vantagens que ele traz, adotar soluções dessa natureza apresenta desafios.

Para exemplificar, o relatório cita o caso do Reino Unido, onde dois terços dos executivos de bancos elencam pelo menos dez obstáculos, incluindo fatores de custo e risco, que impedem a adoção generalizada do BaaS. 

A propósito, 99% deles reconhecem como a maior barreira a ausência de uma estratégia interna unificada nessa direção.

Ao mesmo tempo, o ambiente regulatório emerge como mais um ponto crítico. Na jurisdição em questão, 31% dos líderes de conformidade relatam ser prejudicados pela incerteza regulatória, enquanto preocupações mais amplas sobre sistemas desatualizados e a falta de estratégias coesas agravam o problema.

Ademais, as instituições também disseram que enfrentam desafios de segurança adicionais quanto ao BaaS. Embora 80% reconheçam a importância e a eficiência das APIs para a sua implementação, apenas 24% adotaram soluções de segurança mais abrangentes.

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