Drex e Pix ampliam reconhecimento internacional como vetores para inclusão financeira

Relatório da agência de riscos Moody’s destaca ocenário financeiro digital em rápida evolução no Brasile como asinovações estão contemplando cada vez mais pessoas, o que pode melhorar a classificação do país.
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Equipe Propague
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Antes mesmo de ser lançada, a moeda digital brasileira segue alcançando reconhecimento internacional. Além do Banco de Compensações Internacionais (BIS na sigla em inglês), que elogiou o projeto durante painel na Blockchain Rio, em outubro de 2024, recentemente, a Moody’s, uma das mais importantes agências de classificação de riscos do mundo, publicou um relatório sobre a rápida digitalização das finanças no Brasil, chamando a atenção para o Drex e o Pix.

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Segundo a publicação, a evolução digital do Sistema Financeiro no país, puxada pelo Drex e pelo Pix, ajudará a ampliar a inclusão financeira dos brasileiros, bem como poderá oferecer novas oportunidades de inovação.

Nesse contexto, a agência avaliou como essa condição poderá influenciar positivamente na qualidade do rating atribuído ao país, afinal, conforme disse, o Brasil tem se mostrado uma das jurisdições mais ativas e inovadoras no âmbito da digitalização financeira, o que inclui sua abertura para criptoativos, contando com várias exchanges, fintechs e projetos que ofertam serviços fundamentados em blockchain e outras tecnologias emergentes.

Adicionalmente, a Moody’s disse ainda que os participantes do mercado financeiro brasileiro também contribuem para esse cenário, revelando-se fortemente inclinados a explorar as possibilidades que surgem ao lado do Drex e de inovações financeiras como as stablecoins, identidades digitais, assim como dos benefícios oriundos dos sandboxes regulatórios, a exemplo dos já empreendidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pelo Banco Central do Brasil (BC).

Oportunidades atreladas ao Drex

Mais especificamente sobre o Drex, o relatório recém-lançado pela Moody’s destaca que a CBDC (sigla em inglês para moeda digital de banco central), além de promover a inclusão financeira da população, dará condições para que tanto instituições financeiras tradicionais como novos modelos de negócios participantes do setor apostem em mais inovação.

Para a agência, isso se deve principalmente ao uso dos contratos inteligentes, um dos principais apelos do Drex. 

Como resultado, aponta, os bancos comerciais poderão se apoiar no uso da tecnologia de contabilidade distribuída (DLT na sigla em inglês), intrínseca ao sistema da moeda digital brasileira, e ainda nos recursos de tokenização para lançar produtos financeiros diferenciados, considerando áreas como crédito, seguros, investimentos, entre outras, com custos inferiores aos produtos atuais.

Além disso, a publicação enfatiza que o Drex também tem como proposta incentivar as instituições financeiras a utilizarem o real, em vez de outras moedas ou mesmo stablecoins, para pagamentos transfronteiriços e financiamentos comerciais, contendo, dessa forma, os riscos atrelados à ausência de supervisão ou de uma fragmentação do ecossistema de liquidação.

Conforme disse, o Drex tem como função consolidar o papel da divisa brasileira no comércio internacional e consequentemente aumentar globalmente a autonomia monetária do Brasil.

Acesso ao crédito 

Sob a ótica do crédito, afirma o relatório, tanto o Drex como o Pix possuem implicações significativas.

No que diz respeito ao Pix, a Moody’s aponta que, há quatro anos em funcionamento, o sistema de pagamentos instantâneos do BC melhorou significativamente a inclusão financeira no Brasil, o que representa por sua vez um ponto positivo para o acesso ao crédito, ao possibilitar que os cidadãos que antes não possuíam conta bancária pudessem passar a fazer transações on-line em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana, utilizando QR Codes e chaves como números de telefone, endereços de e-mails e CPF ou CNPJ.

Ademais, o Pix tem gratuidade para pessoas físicas e taxas mais baixas para empresas, o que o torna mais atraente e acessível do que os métodos de pagamento tradicionais.

E mais: com o avanço do Open Finance no Brasil, criou-se um ambiente de competição mais acirrada entre os bancos, instituições de pagamento e fintechs, ajudando a diminuir os custos das operações para os clientes e a desenvolver soluções, incluindo o crédito, mais adequadas a diferentes perfis.

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