Pix por aproximação representa mais praticidade e eficiência para pagamentos

O pix por aproximação, nova modalidade de pagamento prevista para o início do ano que vem, usa a infraestrutura do Pix e do Open Finance e promete melhorar a experiência do usuário e até impulsionar as vendas no varejo.
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Morgana Tolentino
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Lançado em novembro de 2020, o Pix é um sucesso absoluto no sistema de pagamentos brasileiro. Com a possibilidade de realizar transações 24 horas por dia, sete dias por semana entre pessoas físicas de forma gratuita, o sistema já conta com mais de 165 milhões de usuários. Em 2023 foram registradas quase 42 bilhões de transações via Pix, um crescimento de mais de 70% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Banco Central. Em 2024, o Pix apresentou seu recorde de transações em um único dia: 224,2 milhões de transferências, movimentando quase 120 bilhões de reais. 

Apesar desse sucesso, a jornada de pagamentos ainda gera desconforto entre os usuários. Ter que acessar o aplicativo do banco, completar todas as etapas de login e fazer a leitura do QR Code (que, em algumas ocasiões, apresenta erro) é um processo muitas vezes demorado e pouco prático. 

Pix + Open Finance

Diante deste cenário, o Pix por aproximação promete trazer mais eficiência e rapidez para os pagamentos, melhorando a experiência do usuário e até impulsionando as vendas do comércio varejista. O Banco Central do Brasil anunciou que está previsto para o primeiro semestre de 2025 o lançamento dessa modalidade, ferramenta que congrega as infraestruturas de pagamentos instantâneos brasileira (o Pix) com o ecossistema de compartilhamento de dados financeiros (o Open Finance).

No contexto do Open Finance, com um único consentimento inicial, o cliente poderá cadastrar sua chave Pix em uma carteira digital e, a partir disso, realizar pagamentos por aproximação via Pix, sem precisar de redirecionamentos ou logins em outros aplicativos. Dessa forma, a experiência do usuário será semelhante à oferecida hoje pelas carteiras de pagamentos com cartões de crédito ou débito: rápida, simples e segura.

Por meio da tecnologia NFC, que viabiliza a comunicação de dispositivos por proximidade, as informações de cobrança serão trocadas entre o dispositivo do estabelecimento em que a compra será efetuada e a carteira digital do cliente. A carteira digital, então, fará a comunicação com o iniciador de transação de pagamentos, dentro do fluxo do Open Finance, validando a transação sem necessidade de redirecionamento. 

Além de trazer maior praticidade para o comprador, a facilitação da jornada de pagamento também deve impulsionar as vendas para o setor varejista, pois uma maior praticidade na hora de efetuar a compra aumenta a disposição do cliente a consumir. A facilidade de adesão desse modelo por parte dos clientes tende a ser alta já que o pagamento será feito por meio de carteiras digitais, um instrumento bastante popular no país, que já é utilizado por sete em cada dez usuários adultos do sistema financeiro brasileiro.

Próximos passos

Atualmente, o Pix por aproximação está em fase de Consulta Pública, apresentada pelo Banco Central em agosto deste ano e aberta para contribuições do mercado até 13 de setembro. A ideia da Consulta é apresentar especificações técnicas de padronização dos fluxos e da infraestrutura tecnológica para viabilizar o uso do instrumento.

Após analisar os comentários recebidos, a autoridade monetária deve soltar um manual estabelecendo os regramentos finais acerca da padronização e também da segurança no compartilhamento dos dados transacionais. A expectativa do BC é que o Pix por aproximação esteja disponível para a população até fevereiro do ano que vem. 

Com esse movimento, o Banco Central se mostra atento às demandas da população e comprometido com a contínua melhoria da eficiência do sistema financeiro e de pagamentos brasileiro.

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