Na busca por aperfeiçoamento e escalabilidade, visando sobretudo integrar soluções e um maior volume de aplicações, organizações de vários setores têm se voltado para a tecnologia de nuvem.
Quando se olha especialmente para os bancos e demais instituições financeiras, o que se observa é que isso tem ocasionado uma transformação radical na abordagem dedicada aos pagamentos, o que vem resultando em diversos benefícios e inovações.
Segundo especialistas como Scotty Perkins, chefe global de gerenciamento de produtos, serviços bancários e de intermediários na ACI Worldwide, gerenciar operações e dar suporte aos serviços em um ecossistema baseado na tecnologia de nuvem vêm permitindo que os clientes percebam de forma muito mais rápida o valor que os novos aplicativos e recursos oferecem.
Nesse sentido, em entrevista à plataforma The Paypers, Perkins afirmou que, ao adotar corretamente a tecnologia de nuvem para desenvolver novos produtos e entregá-los mais rapidamente ao mercado, as organizações poderão se destacar ainda mais da concorrência, melhorando a satisfação do cliente e, consequentemente, elevando a sua receita.
Ao mesmo tempo, avaliou, a tecnologia de nuvem é um caminho essencial para acelerar a inovação em serviços bancários e pagamentos, principalmente em pagamentos móveis, que são fundamentais para comunidades sem ou com acesso insuficiente a serviços bancários, promovendo, assim, a inclusão financeira.
Para além disso, ainda entre os benefícios da tecnologia de nuvem, Perkins destacou que ela também é capaz de tornar os serviços financeiros mais baratos, acessíveis e convenientes para o consumidor, possibilitando que bancos, provedores de pagamento e comerciantes ofereçam soluções mais amigáveis e interativas, principalmente no ponto de venda.
Desse modo, a previsão que se faz, acrescenta, é que o cenário de tecnologia financeira tende a ser cada vez mais interconectado, conforme os ecossistemas ancorados na nuvem pública se integrem aos principais sistemas bancários e de gestão.
O que ainda desafia a migração dos sistemas de pagamentos legados para tecnologia de nuvem
Entretanto, apesar de todos os benefícios citados, Perkins não descarta a complexidade existente na modernização de sistemas de pagamentos legados utilizando a tecnologia de nuvem.
Nesse contexto, afirma, as instituições financeiras devem equilibrar a exigência de inovação com a necessidade inegociável de garantir operações estáveis em um ambiente de baixo risco e altamente compatível.
Dessa forma, entre os principais desafios que se apresentam, aponta, está a necessidade de manter os mais altos níveis de escalabilidade, confiabilidade e resiliência ao mesmo tempo em que se passa por uma grande transformação.
Para ele, o objetivo é fazer a transição para as novas tecnologias, incluindo a tecnologia de nuvem, que aceleram o tempo de lançamento de soluções inovadoras no mercado, sem afetar o desempenho dos sistemas existentes. “Ou seja, os serviços devem continuar a operar de forma ininterrupta, sem fricções e de maneira segura”, pontuou.
Como equilibrar inovação, segurança e estabilidade
Considerando que o setor de serviços financeiros é geralmente avesso a riscos, Perkins também avaliou como equilibrar a inovação e a necessidade de segurança e estabilidade ao migrar a infraestrutura de pagamento para a nuvem.
Conforme disse, a melhor maneira de mitigar os riscos e alcançar esse equilíbrio é estabelecendo parcerias com provedores de serviços de tecnologia de nuvem que tenham profundo conhecimento e ampla experiência em sistemas bancários e de pagamento, que sejam capazes de oferecer infra estruturas resilientes e confiáveis.
Afinal, destaca, as instituições financeiras lidam com trilhões de dólares em transações diárias, e isso exige um profundo comprometimento com a confiabilidade.
Além disso, usar os dados de pagamentos coletados de forma responsável deve ser um foco permanente, permitindo uma melhor verificação de identidade digital, a prevenção de fraudes e a oferta de experiências mais simplificadas para consumidores e empresas.
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