Varejo em junho tem leve recuo, mas acumulado do semestre mostra estabilidade

O varejo nacional fechou o primeiro semestre de 2024 com crescimento de 0,3%, em comparação ao primeiro semestre de 2023. Confira os detalhes!
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Morgana Tolentino
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De acordo com o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, junho registrou uma pequena queda mensal de 0,1%. Assim, os primeiros seis meses do ano foram marcados por pequenas oscilações nos resultados mensais, alternando entre leves quedas e leves altas, todas de magnitude menor que 1%, no caso do varejo ampliado.

Na análise do acumulado semestral, o varejo nacional fechou o primeiro semestre de 2024 com os seguintes resultados, em comparação ao primeiro semestre de 2023: crescimento de 0,3% no índice ampliado e queda de 0,4% do índice restrito (que exclui os segmentos de Combustíveis e Lubrificantes; Material de Construção; Veículos e Peças e Atacarejo).

Tais resultados reforçam uma leitura de estabilidade no setor varejista brasileiro, que apresentou baixa variação no volume de vendas neste primeiro semestre do ano. Para os próximos meses, entretanto, é difícil apontar uma tendência clara (seja ela positiva ou negativa), e esta análise é reforçada pelos resultados setoriais e outros indicadores do setor.

Análise setorial reforça a falta de uma tendência clara e varejo do Rio Grande do Sul é destaque positivo

Os segmentos de destaque no fechamento do semestre foram Artigos Farmacêuticos e Móveis e Eletrodomésticos, que registraram um aumento acumulado de 2,4% e 1,8%, respectivamente.

É importante ressaltar, contudo, que os resultados desses segmentos oscilaram ao longo dos seis primeiros meses do ano e ambos registraram resultados mensais negativos em junho, com uma queda de 1,0% no volume de vendas em Artigos Farmacêuticos e de 0,6% em Móveis e Eletrodomésticos. Assim, não se pode apontar uma tendência clara para esses segmentos nos próximos meses.

Além disso, o resultado de junho da pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias mostra um leve crescimento de 0,5%, enquanto o Índice de Confiança do Empresário do Comércio registrou queda de mesma magnitude (0,5%) no mesmo mês. Esses resultados reforçam a leitura de um cenário incerto para as projeções dos próximos meses.

Por outro lado, na análise regional, junho trouxe um destaque positivo: o crescimento de 7,0% no volume de vendas do varejo no Rio Grande do Sul, em comparação com o mês anterior, que, vale ressaltar, já tinha registrado um crescimento mensal de 1,3%.

O resultado de crescimento no volume de vendas do varejo no estado foi observado de forma ampla. Na primeira quinzena se identificou uma forte alta em vários setores, provavelmente resultado de uma demanda reprimida. No restante do mês, contudo, não se observou queda relevante no volume de vendas, pelo contrário, a última quinzena se mostrou em linha com a média histórica.

Assim, ainda que esse seja um resultado inicial, já sugere que o setor varejista do estado esteja no caminho para se reestabilizar após a catástrofe climática que acometeu a região no final de abril.

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