Criptomoedas: mercado brasileiro se mostra otimista e estima alcançar metade da população até 2030

Fatores como o lançamento do Drex, a existência de um ambiente regulatório robusto e o crescente avanço da tokenização de ativos tendem a promover esse avanço, revela pesquisa.
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Equipe Propague
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Um novo estudo divulgado pelo time de pesquisa do Mercado Bitcoin (MB), uma das principais corretoras cripto do país, reunindo especialistas em diversas áreas do setor, aponta para um horizonte ainda mais promissor para as criptomoedas no Brasil, além do cenário favorável que esses ativos já usufruem.

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De acordo com a publicação, denominada “State of Digital Assets” (Estado dos Ativos Digitais na tradução direta), elaborada com base em estudos externos, o país caminha para se tornar referência global em ritmo de adoção de criptomoedas dentre outros ativos digitais.

A estimativa é de que, até 2030, o volume de investidores e usuários de criptomoedas no Brasil poderá alcançar metade da população do país, o que corresponde a praticamente 120 milhões de indivíduos. 

A razão para tamanha projeção, justifica o estudo, deve-se principalmente ao lançamento do Drex, a moeda digital brasileira em fase de testes pelo Banco Central (BC), assim como pela existência de um ambiente regulatório robusto para o mercado cripto nacional e o crescente avanço da tokenização de ativos, inclusive de ativos do mundo real, segmento que oferta enorme potencial.

Atualmente, o Brasil está entre os dez maiores mercados de criptomoedas do mundo, na décima posição entre 151 nações avaliadas, segundo o Índice Global de Adoção Cripto, divulgado anualmente pela Chainalysis, fazendo com que o país lidere o setor no continente latino-americano.

Nesse contexto, em 2024, conforme o estudo do MB, 24% dos brasileiros possuem algum tipo de criptoativo ou token digital, 46% a mais na comparação com 2023, somando mais de US$10 bilhões em investimentos.

O papel da regulação para maior adoção das criptomoedas no Brasil

Segundo a análise do time de pesquisa do MB, o estabelecimento de um ambiente regulatório sólido configura-se como fundamental para o fortalecimento do mercado de criptomoedas e demais ativos digitais, tornando possível, dessa forma, a estimativa quanto ao número de usuários brasileiros para 2030.

Nesse sentido, a avaliação que se faz é que projetos como o sandbox regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o futuro lançamento do Drex, por exemplo, têm chamado a atenção de investidores e agentes institucionais, impulsionando a adoção de criptoativos e o ingresso de instituições financeiras importantes nesse mercado.

Ao mesmo tempo, o Marco Legal das Criptomoedas, aprovado pelo Congresso em 2023 e que definiu o BC como órgão supervisor, vem oferecendo maior segurança jurídica para o mercado. Aliás, não só protegendo, mas também incentivando a inovação no setor.

Impulso também virá da tokenização

Outro vetor que impacta diretamente na projeção de uma maior adoção das criptomoedas e de outros criptoativos pelos brasileiros no período analisado é o estágio promissor do mercado de tokenização no Brasil. 

De acordo com o estudo do MB, o país está estabelecendo um ambiente seguro e transparente para a integração de ativos do mundo real com a economia digital, contando, para isso, com a orientação das entidades reguladoras responsáveis. 

Dessa forma, aponta a publicação, esse movimento representa um marco importante para o mercado, abrindo um leque de oportunidades para investimentos e financiamentos por meio da tecnologia blockchain.

Além disso, esse cenário também deixa o Brasil bem-posicionado para usufruir da tendência global em torno da tokenização, ainda mais diante da estimativa de que o valor de ativos tokenizados mundialmente poderá chegar, no longo prazo, a US$ 800 trilhões. 

No curto prazo, o estudo do MB mostra que, já em 2025, o mercado global de tokenização deverá alcançar a cifra de US$ 1 trilhão, com os setores imobiliário, do agronegócio e esportivo puxando essa valorização.

Destaque para as stablecoins

Finalmente, o estudo lista os segmentos mais promissores no ecossistema de ativos tokenizados no mundo. Nesse rol, movimentando valores significativos, aparecem as stablecoins, classe de criptomoedas que já contabiliza uma capitalização global da ordem de US$ 172 bilhões.

De olho nesse segmento, o mercado brasileiro também tem se movimentado, onde merece destaque, por exemplo, um consórcio recentemente formado pelas quatro principais corretoras cripto do país, dentre elas o MB, para lançar uma stablecoin lastreada em real e em títulos do governo brasileiro.

Batizada de BRL1, a expectativa é que a nova criptomoeda já esteja à disposição do público ainda em 2024, inicialmente nas redes ethereum (ETH) e polygon (POL), com a primeira emissão de R$ 10 milhões. Contudo, posteriormente, a meta será alcançar uma emissão de R$ 100 milhões.

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