As moedas digitais têm recebido grande destaque nos debates do sistema financeiro devido ao crescimento do mercado e surgimento de uma variedade de categorias, como as criptomoedas, stablecoins e moedas digitais emitidas pelo Banco Central (CBDC).
A título de exemplo, a primeira criptomoeda foi lançada em 2009. Em 2021, pouco mais de uma década depois, já são quase 9 mil. A principal stablecoin do mercado (Tether) multiplicou sua capitalização mais de 13x entre fevereiro de 2020 e junho de 2021. O número de Bancos Centrais trabalhando ativamente para emitir uma moeda digital própria saiu de aproximadamente 33% em 2016 para 86% em 2020. Esses dados mostram a relevância do tema e a necessidade de compreendê-lo. A relevância das moedas digitais fica ainda mais tangível considerando a constante presença na mídia e trendings de rede social.
Compreender moedas digitais, no entanto, não é tarefa simples. O desenvolvimento do mercado e da tecnologia trouxeram diferentes categorias com conceitos, objetivos, benefícios e desafios diferentes. Por isso, ao longo deste documento, cada um desses elementos é explicado de modo simplificado a fim de capacitar o leitor a consumir materiais sobre moedas digitais e a participar ativamente de discussões sobre esse mercado em crescimento.
Sobre os autores:
Carlos Ragazzo: Professor da FGV-Rio, Presidente do Conselho do Instituto Propague e ex-conselheiro do CADE
Bruna Cataldo: Pesquisadora do Instituto Propague e doutoranda em Economia
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