Open Finance e fraudes: como as finanças abertas podem contribuir para a prevenção

Excedendo o escopo do compartilhamento de dados, o Open Finance vem promovendo um ecossistema de inovação contínua, colaborativo e de experiência aprimorada do cliente, incluindo segurança de dados e pagamentos.
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Equipe Propague
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O Open Banking e a consequente evolução para o Open Finance não só ajudaram a amadurecer o sistema financeiro, redesenhando a forma como consumidores e empresas passaram a acessar e a interagir com os serviços financeiros, como também foram além, excedendo o escopo de compartilhamento de dados e passando a promover um ecossistema de inovação contínua, colaborativo e de experiência aprimorada para o cliente.

Entenda o que é e o que diferencia o Open Finance do Open Banking clicando aqui.

Nesse cenário, de ferramentas de gerenciamento financeiro personalizáveis a pagamentos instantâneos e transfronteiriços, o potencial do Open Finance tem se revelado vasto, dando a entender que este é apenas o início da jornada das finanças abertas, em que a adoção global, dentre vários outros benefícios, também pode ajudar a prevenir e reduzir fraudes ante a crescente explosão desse tipo de ameaça em meio ao avanço da digitalização.

Isto porque, explica Henrik Hodam, gerente sênior de produtos em Open Finance na Worldline, seus usuários têm como vantagem um ambiente de registros digitais seguros e de verificação em tempo real, melhorando a segurança de armazenamento de dados e da realização de transações.

Ao participar da edição 2024 do Relatório de Finanças Abertas, recém-lançado pela plataforma The Paypers, Hodam se juntou a outros especialistas do setor, assim como a bancos e demais provedores de serviços financeiros, para discutir os desafios e oportunidades do Open Finance, dentre eles o papel das finanças abertas para garantir a conformidade e a redução de fraudes.

Usando o Open Finance para assegurar a conformidade e evitar fraudes

Segundo Hodam, por meio do compartilhamento no âmbito do Open Finance, os dados das contas podem ser usados para melhorar a prevenção de fraudes e o gerenciamento de riscos. 

Já o histórico das operações bancárias pode ser utilizado para classificar clientes e detectar atividades suspeitas rapidamente, antes que algum dano seja causado, tornando os pagamentos mais seguros ou aperfeiçoando a avaliação de riscos comerciais. 

Ampliando a análise para os pagamentos internacionais, Hodan destaca que, com o Open Finance, uma validação rigorosa do IBAN (padrão global de identidade de contas bancárias) dentro dos protocolos de KYC e KYB (siglas em inglês para Conheça o seu Cliente e Conheça o seu Negócio) assegura que os pagamentos sejam direcionados corretamente, ao verificar os detalhes do titular da conta, diminuindo as chances de fraudes, protegendo contra perdas financeiras e preservando a confiança dos clientes.

Além disso, o gerenciamento eficaz dos consentimentos de compartilhamento no Open Finance sob as leis gerais de proteção de dados, já presente em muitos países, torna-se fundamental. 

Afinal, os clientes são claramente informados sobre como seus dados serão usados, e fornecem consentimento claro e explícito. Essa transparência, justifica o especialista, não apenas está em conformidade com a legislação, mas também melhora a confiança, pois os clientes se sentem mais seguros sabendo que seus dados são tratados de forma responsável.

Aprimorando a gestão de risco financeiro

Ao mesmo tempo, Hodam chama a atenção para como o Open Finance também ajuda a gerenciar o risco financeiro das operações, o que é essencial para empresas que fornecem bens e serviços antes do pagamento e em negócios de empréstimo ou leasing. 

Nesse contexto, ele expõe que os fornecedores precisam entender a situação financeira de um consumidor para avaliar e gerenciar com precisão os riscos associados a cada operação, e o Open Finance fornece dados cruciais nessa direção.

Conforme disse, por meio do sistema de finanças abertas, as empresas acessam dados em tempo real para entender melhor a saúde financeira dos clientes, possibilitando que tomem decisões informadas e baseadas em dados. “Isso minimiza o risco de inadimplência, melhora a precisão das avaliações de risco e atualiza a oferta de produtos financeiros, garantindo a confiança do cliente”, afirma.

Pontuação de crédito no Open Finance

Ainda de acordo com o especialista, no Open Finance, a pontuação de crédito em tempo real é outra vantagem para avaliações precisas de crédito financeiro. Por exemplo, um banco pode usar a pontuação de crédito para verificar a capacidade do solicitante de pagar um empréstimo. Ao acessar os dados financeiros do consumidor com sua permissão, a instituição obtém uma visão mais clara de suas finanças, minimizando o risco de inadimplência. 

Esse processo, acrescenta, também conta com mecanismos de autenticação forte, assinatura eletrônica e integração com protocolos de KYC, conferindo por sua vez segurança e conformidade nas transações. 

Consequentemente, com aprovações mais rápidas e entrada de dados automatizada, Hodam conclui que os clientes têm uma experiência mais tranquila, enquanto os bancos tomam melhores decisões com avaliações de crédito.

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