De acordo com o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, o setor varejista brasileiro registrou um desempenho aquém do esperado em janeiro. Após evidenciar uma tendência de crescimento no último trimestre do ano passado, o primeiro resultado de 2024 revela uma queda de 1,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse resultado sugere cautela em relação às projeções do setor para o ano, embora seja necessário realizar algumas análises ao longo dos próximos meses para determinar uma possível reversão de tendência.
Embora o acumulado de 2023 tenha registrado uma queda, as expectativas no final de dezembro eram positivas. Isso se deve ao fato de que, apesar de um ano repleto de desafios para o varejo, o terceiro trimestre impulsionou as projeções, com dois meses consecutivos de crescimento em novembro e dezembro.
Dado o fechamento positivo do ano e as mudanças favoráveis no cenário macroeconômico, as perspectivas do varejo para 2024 eram mais otimistas. No entanto, o resultado negativo no primeiro mês do ano diminui o entusiasmo em relação ao restante do ano, especialmente porque ele é observado não apenas no resultado agregado do país, mas também na análise setorial e regional.
Dos estados, apenas seis registraram aumento, em contraste com 14 estados que apresentaram crescimento em dezembro. A queda nos setores também foi evidente: apenas 2 segmentos mostraram aumento em janeiro, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Volta às aulas consegue aquecer setor de Livros e Papelaria em janeiro
Apesar do resultado geral mais alarmante, um segmento se destacou positivamente. O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria registrou o maior avanço no volume de vendas entre os analisados, com um crescimento de 3,5% em comparação com janeiro do ano passado e de 1,3% em comparação com o mês ajustado sazonalmente.
Grande parte desse resultado se deve às preparações para o início do ano letivo. Este período impulsiona o comércio e tem impactos particularmente positivos sobre o segmento de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria, cujas vendas em janeiro podem representar mais de 15% do volume total das vendas anuais. O setor vinha registrando quedas sucessivas desde agosto do ano passado, então o resultado isolado de janeiro pode representar apenas um pequeno ajuste e não necessariamente uma recuperação plena.
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