O que é NFC?

Elemento chave para permitir pagamentos sem contato, o NFC tem se tornado fundamental para o comércio. Além da conveniência, possui muitas vantagens, entre elas uma melhor experiência de compra e mais segurança nas transações.
NFC: o que é e como essa tecnologia facilita os pagamentos
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Equipe Propague
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*Atualizado no dia 10 de outubro de 2023.

Fazer e receber pagamentos se torna, a cada dia, mais rápido e simples. Nos meios de pagamentos, uma das inovações mais revolucionárias dos últimos tempos é o pagamento por aproximação, ou via NFC (sigla em inglês para Near Field Communication ou  Comunicação por Campo de Proximidade na tradução livre). 

As transações por meio dessa tecnologia estão rapidamente se tornando fundamentais como ferramentas de negócios para varejistas e prestadores de serviços, considerando sua conveniência e benefícios tanto para quem paga como para quem recebe.

Tais vantagens combinadas com a necessidade de pagamentos sem contato que a pandemia trouxe, colocaram a tecnologia NFC no caminho certo para se tornar uma das mais populares do mercado de pagamentos, se solidificando mesmo com o fim das restrições impostas pelo Covid. 

Entre os meses de janeiro e março de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021, os pagamentos via NFC aumentaram mais de 470% considerando o volume transacionado. Além disso, olhando apenas para o mês de março, dados da Associação das Empresas do Setor de Meios Eletrônicos de Pagamento no Brasil (ABECS) revelam que os pagamentos por aproximação ultrapassaram pela primeira vez os 30% do total de pagamentos presenciais e, desde então, segue crescendo.

Portanto, motivos mais do que suficientes para conhecer melhor essa tecnologia, como ela funciona e, por sua vez, quais vantagens ela traz para o mercado de pagamentos.

O que é NFC e como funciona?

O NFC é um tipo de tecnologia de comunicação sem contato que permite o compartilhamento de dados entre dois dispositivos colocados próximos um do outro. A princípio, um dos usos mais comuns do NFC é em terminais de pagamentos físicos, como as maquininhas de cartão, onde o consumidor passa o cartão habilitado para pagamento por aproximação sobre ou próximo a uma superfície específica. E não é preciso nem mesmo digitar a senha do cartão no caso de transações até um certo limite definido pelo consumidor. Além disso, a tecnologia pode ser usada tanto no débito como no crédito.

Mais recentemente, o surgimento das carteiras digitais e a integração da tecnologia NFC aos dispositivos móveis fez com que o pagamento também possa ser feito aproximando o celular, substituindo, dessa forma, o uso do cartão físico.

Nesses casos, o cartão é cadastrado no aplicativo e o pagamento é feito com tal cartão, mas através do smartphone. Há também casos em que o pagamento com a carteira digital permite o uso de meios de pagamento que não o cartão nas transações, mas ainda assim é a tecnologia NFC que  viabiliza o pagamento via aproximação da tela do celular.

Porém, apesar de haver quem compare o NFC com tecnologias semelhantes, como a identificação por radiofrequência (RFID na sigla em inglês) e Bluetooth, que também permitem que os dispositivos se comuniquem sem fio, o pagamento NFC se diferencia porque requer contato mais próximo para funcionar. 

O NFC usa uma frequência bastante específica de RFID (13,56 Mhz) que só é ativada a uma distância bem curta (normalmente 2 a 4 centímetros). Ao mesmo tempo, o NFC é mais automatizado que o Bluetooth, já que este último requer sincronização manual de dispositivos ou a descoberta deles antes que a conexão aconteça.

Tipos de NFC

Atualmente, existem quatro tipos principais de transmissão via NFC. São eles:

  • Transmissão passiva: aqui ocorre somente a geração do sinal de conexão para outro dispositivo;
  • Transmissão ativa: nesse caso, a transmissão tanto envia como recebe dados. Aliás, essa é a opção mais usada para compras no comércio;
  • Modalidade leitor e gravador: além de ler os dados, nesse tipo de transmissão NFC existe a possibilidade de alterar e gravar dados. Um exemplo é seu uso para recarregar bilhetes únicos de transporte; e
  • Peer-to-Peer: ocorre quando dois aparelhos se comunicam entre si, similar ao Bluetooth, contudo, de forma mais rápida e sem gastar tanta energia.

Benefícios na aceitação de pagamentos sem contato

Existem vários benefícios ao fazer e receber pagamentos utilizando a tecnologia NFC. Isso tanto para consumidores quanto para os comerciantes. Entre eles estão:

  • Os clientes desfrutam de uma melhor experiência de compra. Afinal, o processo de checkout é simplificado e mais rápido ao reduzir o número de ocorrências em que é necessário oferecer assinaturas ou digitar senhas;
  • Não há a necessidade de entregar o cartão a terceiros, minimizando o risco de fraudes;
  • Existem várias formas de pagar via NFC, oferecendo aos clientes muitas opções, quer sejam carteiras digitais ou um cartão sem contato.
  • Diminui o risco de desgastar ou danificar o cartão, evitando comprometer o seu uso; e
  • Segurança nos pagamentos, pois os dados de pagamento são criptografados e a tecnologia só funciona a curta distância entre dois dispositivos.

É seguro?

Embora nenhuma tecnologia seja totalmente infalível, o NFC é seguro e composto por três camadas principais de segurança:

  1. Proteção de proximidade: devido ao alcance de proximidade do NFC, uma pessoa mal-intencionada ou um hacker teria que estar extremamente perto de quem possui o dispositivo habilitado para NFC e do terminal de pagamento.
  2. Iniciação do usuário: para dispositivos inteligentes, como os smartphones, isso, geralmente, significa iniciar um aplicativo específico e alguns segundos depois autenticar a identidade, por exemplo, por meio da impressão digital.
  3. Validação de elemento seguro: a transação só será efetivada se o cartão ou dispositivo validar a compra através de um chip de elemento seguro, que já vem acoplado para permitir o NFC. Esse chip oferece uma camada extra de segurança em comparação com os padrões, sendo resistente à adulteração.

Além disso, por usar a tokenização, os números dos cartões nunca são armazenados em um aplicativo ou em qualquer lugar de um sistema operacional. Em vez disso, eles são substituídos por um “token” – essencialmente um número secreto de uso único – depois que o cartão de pagamento é adicionado a uma carteira digital.

No entanto, ainda existem questionamentos sobre  não precisar da senha para realizar o pagamento. Para mitigar os riscos relacionados a essa funcionalidade, diversos países adotam limites máximos para pagamento por aproximação. O Brasil é um deles. Quando esse valor máximo é excedido (atualmente até R$ 200 por transação), a senha é então solicitada como mecanismo de segurança.

 

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