Apesar do Dia dos Namorados, considerada a data mais rentável para o setor ao longo do ano, os bares e restaurantes brasileiros não conseguiram repetir em junho desse ano o desempenho positivo registrado em maio, quando as comemorações do Dia das Mães ajudaram a elevar a receita.
Segundo a edição mais recente do Índice de Atividade Econômica Abrasel-Stone, na média nacional, bares e restaurantes de todo o país apresentaram recuo de 0,7% no volume de vendas no confronto com o mês anterior. Aliás, vale lembrar que, em abril, as vendas já vinham em declínio.
Ao mesmo tempo, na comparação com junho de 2023, esses estabelecimentos também registraram comportamento negativo, com uma diminuição de 0,3% no faturamento.
Nesse contexto,15 estados brasileiros anotaram retração mensal em junho de 2024, com Tocantins (-3%), Alagoas (-2,9%) e Espírito Santo (-2,7%) contabilizando os piores resultados.
Já na outra ponta, Paraíba (2,5%), Amazonas (1,9%) e Mato Grosso (1,2%) se sobressaíram com números positivos nas vendas no sexto mês do ano.
A saber, publicado mensalmente, o índice Abrasel-Stone se configura como uma ferramenta importante de apoio para as análises de empresários e especialistas, visto que reflete a variação das vendas do setor de alimentação fora de casa por meio da estrutura financeira da Stone em recortes mensais e anuais.
Resultado reflete desafios a que bares e restaurantes estão expostos
Ao comentar o resultado das vendas dos bares e restaurantes brasileiros em junho, Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, entidade que representa nacionalmente o setor, avalia que o desempenho negativo na maioria dos estados brasileiros reflete a série de problemas enfrentados pelos estabelecimentos nos últimos meses.
Conforme disse, além do baixo volume de vendas, situações como atraso de contas e dificuldade em repassar a inflação de insumos para os cardápios seguem afligindo o setor.
Isso fica evidente, aponta, na última pesquisa da Abrasel, em que 64% dos proprietários de bares e restaurantes respondentes afirmaram ter operado sem lucrar, sendo 25% apresentando prejuízo e 39% ficando em equilíbrio.
Consequentemente, ele classifica o cenário como preocupante, em que o setor precisa se equilibrar entre dívidas, inflação elevada dos insumos e dificuldade em gerar lucro.
Para conferir os dados completos do índice, acesse aqui.
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