Comércio eletrônico brasileiro registra maior aceitação de novos métodos de pagamento

Além do cartão de crédito, que segue atrativo tanto para lojistas como consumidores, o Pix e BNPL também encontram lugar em meio ao leque de opções de recebimento oferecidas pelos estabelecimentos virtuais no país.
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Equipe Propague
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Com diferentes perfis de consumidores e métodos de pagamento capazes de se adequarem às realidades e necessidades de cada um, o comércio eletrônico no Brasil vem se adaptando a esse novo cenário. Se antes se restringia à aceitação de cartões e boletos, atualmente, os varejistas vêm ampliando cada vez mais a oferta de meios alternativos de pagamento de olho no aumento das vendas e na retenção da clientela.

Segundo dados de uma recente pesquisa da GMattos, consultoria em gestão e tecnologias digitais, trazendo um balanço de 2022, o cartão de crédito segue líder absoluto no ranking de métodos de pagamento mais aceitos pelo comércio eletrônico no país, atingindo 100% em todos os estabelecimentos virtuais.

Contudo, alternativas como o Pix e o BNPL (sigla de Buy Now, Pay Later), uma versão digitalizada do velho crediário como se conhece no Brasil, atingiram novos aumentos de participação entre as modalidades também aceitas pelos comerciantes.

Nesse contexto, chama a atenção principalmente o aumento da oferta do BNPL, até então, mais popular no exterior, especialmente nos Estados Unidos e na Europa, onde não era comum as pessoas parcelarem as suas compras.

O BNPL é, no momento, o meio de pagamento com maior tendência de crescimento na aceitação pelo comércio eletrônico brasileiro em 2023, passando a compor o leque de opções disponíveis para o consumidor em um número cada vez maior de lojas virtuais, de acordo com a consultoria.

Lojistas estão mais receptivos ao BNPL

Conforme a pesquisa, os estabelecimentos de comércio eletrônico estão mais receptíveis ao BNPL porque ainda existem consumidores que não têm acesso às modalidades de cartão ou então, por possuírem limites de crédito baixos, não querem comprometer o recurso disponível no cartão. Dessa forma, isso tem levado mais varejistas a oferecerem a modalidade para não perder o cliente.

Para se ter uma ideia da evolução da aceitação do BNPL pelas lojas online brasileiras, entre julho e dezembro de 2022, a oferta avançou 10,1 pontos percentuais, saindo de 15,3% para 25,4% entre os estabelecimentos pesquisados.

Além disso, ela voltou a crescer em janeiro de 2023, atingindo 27,1% de aceitação nas 53 lojas consultadas pelo estudo.

Ainda de acordo com a publicação, a disponibilidade de parcelamento além do cartão de crédito nas vendas online abre mais oportunidades para as fintechs, pois apenas as megalojas se arriscam no parcelamento fora do cartão de crédito e os bancos costumam limitar a oferta de crediário somente para seus correntistas.

Pix também é uma aposta dos estabelecimentos de comércio eletrônico

Outro destaque entre as formas de pagamento aceitas além dos tradicionais cartões de crédito e boletos pelo comércio eletrônico no país, é o Pix. O sistema de pagamento instantâneo do Banco Central deu um salto, saindo de um patamar de aceitação entre os lojistas de pouco mais de 64% em janeiro de 2022 para quase 92% em novembro e dezembro.

Aliás, a modalidade manteve igual nível de receptividade no primeiro mês deste ano, superando outras formas de pagamento à vista como os boletos (67,8%). Contudo, o Pix está muito próximo do máximo estimado, que é de 93% de aceitação, devido ao perfil de lojas propensas a receber à vista de seus clientes.

Ainda segundo o estudo, o potencial total do Pix só não foi alcançado ainda devido às barreiras ainda presentes na integração do checkout e na finalização da compra. O objetivo do BC é de que, o desenvolvimento de um iniciador de pagamentos facilite essa maior aderência do comércio eletrônico à modalidade.

Cartão de crédito segue como mais aceito pelo varejo online e atrativo para o consumidor

Com 100% de aceitação pelos estabelecimentos de comércio eletrônico no Brasil, o cartão de crédito tem como principal aliado na atratividade a possibilidade de parcelamento sem juros, destaca a pesquisa.

Nesse sentido, o parcelamento sem juros por meio dessa modalidade de pagamento alcançou uma média de aproximadamente cinco parcelas em janeiro de 2023, mantendo-se estável ante dezembro de 2022. Porém, abaixo do período da Black Friday, que acontece em novembro, quando no ano que passou chegou a uma média de seis parcelas.

Na percepção da consultoria responsável pelo estudo, o parcelamento mais elástico, principalmente em 12 vezes, vem se destacando como uma estratégia de promoção para ser utilizada em datas especiais.

Por isso, conclui, a liderança do cartão na maior aceitação pelo comércio eletrônico no Brasil é justificável. Afinal, trata-se de um método de pagamento consolidado e com o diferencial de acúmulo de pontos ou, mais recentemente, cashback. Ou seja, um atrativo importante para uma parcela expressiva de consumidores online.

 

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