Startups financeiras, em sua maioria brasileiras, lideram lista de unicórnios da América Latina

A liderança do Brasil no segmento de startups financeiras registra um crescimento contínuo. Estudo aponta que outras dez startups brasileiras passaram a ser aspirantes a unicórnios a partir de 2023, quatro delas fintechs.
Startups financeiras, em sua maioria brasileiras, lideram lista de unicórnios da América Latina
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Equipe Propague
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Dados da consultoria Distrito revelam que existem 23 startups de valor superior a US$ 1 bilhão no Brasil. No setor financeiro, essas são as chamadas unicórnios. O número faz parte do relatório anual da empresa sobre o tema, que chega a sua quinta edição em 2023.

Nesse cenário, um dos destaques são as startups de finanças, as chamadas fintechs, bastante representativas não apenas no Brasil, como também em toda a América Latina.

Na verdade, elas são maioria entre os unicórnios na região, com cerca de 41% de participação. Isso se deve, principalmente, ao número de startups brasileiras classificadas nesse segmento. Em 2022, por exemplo, duas das startups que alcançaram o status de unicórnio no país são fintechs.

Depois das fintechs, o segmento mais representativo entre as empresas unicórnio da AL é o de retailtechs, startups com foco em atender as necessidades do varejo. Na terceira posição, estão as foodtechs (alimentos). Esses números também são bastante influenciados pelas startups brasileiras, de acordo com a consultoria.

O Brasil possui metade das startups unicórnios do continente, e, quando comparado ao restante da AL, o país também domina certos segmentos de startups listadas como unicórnios que não aparecem no restante da região, como edtechs (educação); HRtechs (recursos humanos); cibersegurança e mídia; e entretenimento.

Enquanto isso, outros países latino-americanos possuem unicórnios em segmentos nos quais o Brasil não está presente, até então. São eles: martech (marketing) e insurtech (seguros).

Brasil tem dez novas aspirantes a unicórnio: quatro são fintechs

O relatório da Distrito traz, ainda, outro dado importante para o segmento de fintechs: dez startups brasileiras passaram a ser aspirantes a unicórnios a partir de 2023, com quatro delas sendo do segmento de finanças, o que revela, portanto, o protagonismo das fintechs nesse grupo de alto potencial de crescimento.

Ampliando o escopo de avaliação, o estudo descobriu que as fintechs também puxam o grupo das 50 startups com condições de se tornarem unicórnios no país, totalizando 34%.

Segundo a publicação, essas startups com condições de se tornarem unicórnios são empresas que surpreendem, seja pelo modelo de negócios, volume de investimento captado ou tamanho.

Buscar startups com elevado potencial de crescimento é o objetivo do venture capital (também conhecidos como investimentos de risco). Empresas emergentes e inovadoras capazes de avançar exponencialmente, como as startups unicórnio, são alvos importantes.

Além disso, o status de unicórnio assegura às startups outras vantagens além da captação de investimentos, a exemplo da possibilidade de recrutar com sucesso novos talentos.

Segundo o relatório, quando uma empresa é bilionária, todos olham para ela de uma forma diferenciada, querendo fazer parte do time de startups com potencial de crescimento acelerado.

A captação de investimentos pelas startups

Em 2022, as dez startups brasileiras com chances de se tornarem unicórnios, captaram, juntas, cerca de US$ 1,4 bilhão em investimentos através de 38 rodadas de negociação, de acordo com a publicação.

Contudo, isso ocorreu em um contexto em que o volume do aporte de recursos para startups no país despencou de US$ 9,8 bilhões para US$ 4,5 bilhões, entre os anos de 2021 e 2022.

Dessa forma, apenas duas startups atingiram, em 2022, o status de unicórnio, ao passo que em 2021 esse número foi 10.

A boa notícia é que, em 2023, o cenário que se apresenta é mais animador: Segundo o SlingHub, ecossistema latino-americano de inovação, somente as fintechs brasileiras captaram, em agosto de 2023, mais de US$ 108 milhões por meio de fundos de venture capital.

O montante equivale a quase 50% de tudo que foi levantado no primeiro semestre de 2023 (pouco mais de US$ 198 milhões), segundo o relatório Panorama Tech América Latina 2023, estudo lançado por três empresas, entre elas a Distrito.

Por fim, levando-se em conta todas as fintechs da América Latina e todos os tipos de investimento, o volume total captado é de US$ 765 milhões. Na prática, isso representa uma recuperação significativa para o segmento de startups financeiras, que não apresentavam um desempenho tão expressivo desde dezembro de 2021, quando levantaram US$ 826 milhões, também de acordo com a SlingHub.

 

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